Literatura
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Almeida Garrett
Biografia
Nascido no Porto, a 4 de Fevereiro de 1799, João Baptista da Silva Leitão viria a falecer em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854.
Os seus pais refugiaram-se em Angra, como consequência da invasão francesa de Soult, em 1809, onde o escritor recebeu a influência benéfica do seu tio paterno, o bispo D. Frei Alexandre da Sagrada Família, tendo recebido Ordens Menores e tendo mesmo, aos 15 anos, subido ao púlpito numa igreja da Graciosa, em substituição do pregador.
Matriculado em 1816 na Faculdade de Direito de Coimbra, em breve se dedica à actividade dramática num meio académico agitado pelas novas ideias, sobretudo políticas.
Concluído o curso, em 1821 (ano em que termina O Retrato de Vénus), vem para Lisboa, onde imediatamente acumula triunfos, no âmbito literário, com a representação de Catão (estreado a 29-11-1821), afectivos, com o fulgurante casamento com Luísa Midosi (de quem viria a separar-se em 1836), e políticos, inaugurados estes com a oração fúnebre a Manuel Fernandes Tomás.
Exilado como liberal em 1823, viveu em Inglaterra e em França até 1826.
No regresso a Portugal dirige os jornais O Português e O Cronista, mas conhece de novo o exílio de 1828 a 1832, voltando a Portugal com os bravos do Mindelo.
De 1833 a 1836, é nomeado Encarregado de Negócios e Cônsul-Geral na Bélgica.
Passos Manuel, na chefia do Governo após a Revolução de Setembro de 1838, encarrega-o da restauração do teatro português, missão que leva a cabo criando, não só o Conservatório de Arte Dramática, mas igualmente a Inspecção-Geral dos Teatros e sobretudo o Teatro Nacional.
É nomeado Deputado em 1837, Cronista-Mor em 1838 e finalmente Par do Reino em 1851.
Em 1852, num Ministério presidido por Saldanha, foi encarregado, por alguns meses, da pasta dos Negócios Estrangeiros.
D. Pedro V agraciou-o, a 25 de Junho de 1854, meses antes da sua morte, com o título de Visconde de Almeida Garrett.
Principais obras de Almeida Garrett impressas e publicadas em vida do autor
1820
Hymno Patriótico, Porto
Hymno Patriótico, Porto
1821
O Retrato de Vénus, Coimbra
O Retrato de Vénus, Coimbra
1822
Catão, Lisboa
Catão, Lisboa
1825
Camões, Paris
Camões, Paris
1826
Bosquejo da História da Poesia e Língua Portuguesa (in Parnasso Lusitano), Paris; Dona Branca, Paris
Bosquejo da História da Poesia e Língua Portuguesa (in Parnasso Lusitano), Paris; Dona Branca, Paris
1828
Adozinda, Londres
Adozinda, Londres
1829
Da Educação, Londres; Lírica de João Mínimo, Londres
Da Educação, Londres; Lírica de João Mínimo, Londres
1830
Portugal na Balança da Europa, Londres
Portugal na Balança da Europa, Londres
1841
Mérope – Gil Vicente, Lisboa
Mérope – Gil Vicente, Lisboa
1842
O Alfageme de Santarém, Lisboa
O Alfageme de Santarém, Lisboa
1843
Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa
Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa
1844
Frei Luís de Sousa, Lisboa
Frei Luís de Sousa, Lisboa
1845-1850
O Arco de Sant’Anna, 2 vols, Lisboa
O Arco de Sant’Anna, 2 vols, Lisboa
1846
Viagens na Minha Terra, Lisboa
Viagens na Minha Terra, Lisboa
1853
Folhas Caídas, Lisboa
Folhas Caídas, Lisboa
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
analise do poema vaso chinês
Esse poema foi escrito por Alberto de Oliveira (1857-1937), um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e que foi aclamado, em 1924, como o Príncipe dos Poetas Brasileiros.
Mas o que vem a ser poesia? Será que poetar é escrever um texto que tenha forma de poema? Desde a Antiguidade, as classificações poéticas privilegiam as questões estruturais do texto, dando pouca importância ao seu conteúdo. O período parnasiano, a que pertencia Alberto de Oliveira, é o maior exemplo disso.
Mas no mesmo contexto do Parnasianismo (final do século XIX), havia outras correntes de pensamento. As experimentações e inovações da linguagem, trazidas por artistas que desejavam expressar-se de outra forma que não a clássica, alteraram em muito as técnicas de produção do texto poético. A utilização de uma linguagem mais livre e menos objetiva levou os poetas a usarem um recurso que existia há muito tempo, mas que era renegado pelos padrões tradicionais de escrita: o verso livre.
Por meio desse recurso, o poema em prosa e a fragmentação do verso se tornaram possíveis. No Modernismo e no decorrer do século XX, o verso deixou de estar ligado somente à poética clássica e passou a ser muito mais livre, chegando a possuir vida própria, como a poesia concreta veio a pregar posteriormente. Nos dias de hoje, fazer poesia não significa apenas escrever versos. É se colocar no texto. É arriscar. É lançar idéias. É sentir. É pensar. É estar pronto para o debate. É se mostrar e não permanecer em silêncio quando o mundo precisa ser denunciado.
bom esse é a analise do grupo sobre o poema
fim.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Vaso chinês
Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura
Quem o sabe? de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura
Quem o sabe? de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
o que é romantismo?
O romantismo fala sobre a liberdade de criação e de expressão.
São as características do romantismo:
- Liberdade de criação e expressã
- Nacionalismo
- Medievalismo
- Historialismo
- Tradições populares
- Individualismo e egocentrismo
- Pessimismo
- Critica social
Esta são característica predominantes do movimento,mas sua tendências são muitas.
Veja algumas:
§ Confissionalismo: É o sentimento pessoais do autor em algumas momentos de sua vida isto nas obras.
§ Nacionalismo, historialismo e medievalismo:É exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando seu passado histórico, principalmente o período medieval.
§ Crítica Social: O Romantismo pode assumir um caráter combativo de oposição e crítica social, observamos sua ocorrência na sua última fase.
Existem 3 gerações românticas e cada uma delas marcadas por um certo traço e tema.
o Primeira geração:
Nacionalismo ou indianismo,marcada pelo exaltação da natureza e volta ao passado rico.
o Segunda geração:
Mal do século,é a fase ultra-romântica.Os escritores desta época retratava os tema amorosos levado ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo,valorização da morte,tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morrerão ainda jovens.podemos destacar alguns escritores desta fase com Álvares de Azevedo,Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
o Terceira geração:
Condoreira ela e caracterizada pela poesia social e liberdade libertária,reflete as lutas internas da segunda metade do reinado de Pedro II,Castro Álvares foi seu principal representante.
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